O Museu de Imagem e Som do Rio de Janeiro vai ganhar uma repaginada pelo escritório Diller Scofidio + Renfro.
Apesar de ter ficado meio estranho para os padrões cariocas, acho que esse visual tem mais a acrescentar a paisagem carioca do que os outros que vi no site do concurso.
Sem dúvida, formalmente, a Nova Sede do MIS não dialoga com a tradição arquitetônica carioca. Em uma cidade recheada de objetos arquitetônicos históricos e de um modernismo expressivo e de altíssima qualidade formal, o que se via, e ainda o que se vê, é uma grande rejeição na aceitação dos ícones da arquitetura contemporânea.
Ao aprovar a construção de um objeto revolto em sua aparência, a brisa que acompanha a iniciativa traz consigo a onda da arquitetura espetacular, que pode representar a primeira braçada contra a maré de engessamento do pensamento sobre o ambiente construído da cidade. Alguém poderia dizer que a Cidade da Música representa esse rompimento. No entanto, onde fica mesmo a cidade da musica?
A Nova Sede do MIS, com “formas em movimento”, materiais modernos como vidro e ductal, representa uma ação arquitetônica no mínimo ousada ao inserir um elemento formalmente pornográfico no contexto do maior representante da Belle Époq e do conservadorismo carioca (Copacabana é o bairro carioca que mais abriga idosos).