Os trabalhos de concreto de David Umemoto vivem na junção entre arquitetura e escultura. Essas peças me lembram construções brutalistas e monumentos situados em terras distantes. As imagens que surgem na minha cabeça são muitas, por isso mesmo que resolvi escrever um pouco sobre esse portfólio.
Pelo que eu entendi, as obras de concreto de David Umemoto seguem um processo de transformação e criação silenciosa e bem lenta. Isso tudo porque o processo criativo do artista busca imitar os ciclos na natureza. Quase que uma simulação dos processos naturais, como a erosão.
De acordo com David Umemoto, seus modelos de trabalho são os cristais e as camadas geológicas. Elas inspiram o artista a criar os moldes onde ele lança o concreto que cria os objetos que publiquei por aqui.
O desenvolvimento de cada peça é feito de forma iterativa e com muito cuidado, abrindo espaço para possíveis improvisações, adaptações e outras espontaneidades. Além disso, cada peça oferece uma face diferente, apesar disso, todas parecem feitas da mesma forma. Como se a unidade que o artista explora com suas esculturas criassem uma linhagem de concreto de onde todos seus objetos saíram…
Para evitar a pressão dos tempos modernos, as obras de David Umemoto são todas feitas a mão. Como uma forma de respeitar a economia e o tempo em que vivemos, o artista prefere reagir a tudo isso dando um passo para trás e simplificando sua prática.
Ao observar as esculturas de David Umemoto, eu me lembrei de alguns cenários que foram criados por M. C. Escher em suas pinturas. Outras esculturas me lembraram Monument Valley e suponho que isso tudo deixou seu trabalho ainda mais interessante para mim.
Se você gostou das obras de David Umemoto, você pode ver do seu trabalho direto no link abaixo. Além disso, dá para ver mais que ele anda produzindo por aí no seu perfil no Tumblr, no Facebook e no Instagram.
Os trabalhos de Concreto de David Umemoto
Se você gostou do que viu aqui, você deveria seguir o blog no twitter ou seguir a revista digital do Pristina.org no Flipboard. Além disso, ainda temos nossa newsletter quase semanal.
Pingback: Visitando o Western City Gate em Belgrado via @pristinaorg