Vivemos num mundo onde tudo é digital, tudo é rápido e tudo é instantâneo. As pessoas não fazem como no passado e encomendam retratos, pinturas feitas por artistas. Mas, ao mesmo tempo que essa é uma demanda em extinção, a arte continua sendo apreciada como antes. É isso que Gael Davrinche quis explorar na sua série de retratos onde os modelos, incluindo o próprio artista, fazem piada deles mesmos.
O artista acredita que, ao transformar o foco do retrato em uma piada, ele acaba criando um comentário cultural sobre essa arte que está se tornando obsoleta. Ao transformar o foco das pinturas em algo ridículo, Gael Davrinche libera os protagonistas de todos seus acessórios. Eles se tornam livres de seus códigos sociais e passam a se comportar de forma básica e voltando ao essencial do dia a dia. Até mesmo a infância.
At a time when everything is digital and social networking is the norm; at a time when people no longer commission a painted portrait — it is important to consider the relevance of the genre. The artist offers to his models, as to himself, their best profile, all the while playing a game of self-mockery: a veritable step back to an art form which has become obsolete. This way, with their accessories, the protagonists are freed from the social codes to which they are automatically subjected on a daily basis. A hat becomes a chamber pot, a colander, or an octopus; a ruff or collar becomes a piece of styrofoam, a reel of film, or even the pelvic bone of a horse…