Desde meados dos anos noventa que a fotógrafa Hannah Starkey vem dedicando seu trabalho a capturar imagens de mulheres. Além disso, ela gosta de explorar a forma com a qual a fotografia acaba gerando idéias do que significa ser mulher. Seu trabalho é bem conceitual mas pode ser digerido por todos de uma forma muito fácil devido a beleza cinemática de seus retratos.
Retratos esses que representam diferentes gerações de mulheres e situações urbanas do dia a dia. E, normalmente, você consegue ver a cena pelo ponto de vista feminino. Algo que não é muito comum de observar na fotografia. É por isso que a fotografia de Hannah Starkey é interessante. Ela consegue revelar momentos de reflexão pessoal, de interação social e de alienação.
Muitas das cenas que ela captura acabam sendo daquelas que não seriam vistas normalmente. Como uma mulher observando o reflexo de outra mulher que passa ou a atenção de uma pessoa mudando enquanto uma mãe passa carregando uma criança.
Para mim, a fotografia de Hannah Starkey é quase uma versão moderna da pinturas narrativas do passado. Mas o trabalho da fotógrafa é um pouco além disso já que inclui pitadas de um momento cinemático, algo de fotografia de rua e documentário e até um pouco de moda. Afinal, é difícil encaixar a mulher de hoje em apenas uma categoria, então fica ainda mais complexo tentar fazer o mesmo quando se fala do registro dessa mulher.
Conheci o trabalho de Hannah Starkey através do seu livro Hannah Starkey: Photographs 1997 – 2017 e você pode ver mais trabalhos dela direto no Instagram e no link abaixo.
Celebrando 20 anos da fotografia de Hannah Starkey
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