Alan Fletcher não é um nome muito conhecido pelo mundo mas você, certamente, conhece o trabalho dele. Afinal, Alan Fletcher foi um dos designers gráficos mais renomados, celebrados e conceituados da geração marcou o Reino Unido no século vinte. E eu não falo isso sozinho já que foi o jornal The Daily Telegraph que o descreveu como o designer gráfico mais conceituado de sua geração e, provavelmente, o mais prolífico.
Conheci o trabalho de Alan Fletcher em meados de 2010 e uma de suas imagens ficou presa na minha cabeça desde então. Esse poster vem com um homem de vestimento mais clássico, com os punhos no ar e gritando algo que poderia ser traduzido como “eu não tenho nada para dizer e estou dizendo isso”.
E, de certa forma, eu acredito que esse é um reflexo da realidade de redes sociais e redes de notícias falsas que vemos hoje. Mas, estou aqui para falar do trabalho de design de Alan Fletcher.
O trabalho de design de Alan Fletcher foi influência no mundo pós guerra no Reino Unido porque ele misturava a tradição do design europeu com uma cultura pop que ele viu nos Estados Unidos. Essa mistura fez com que seu estilo de design gráfico fosse considerado inovador e ele acabou sendo pioneiro em uma onda de design que chegou a Grã Bretanha no final dos anos 1950.
Mas, antes de falar mais sobre o trabalho de Alan Fletcher, vamos contar um pouco da sua história. Nascido no Quênia em 1931 onde seu pai trabalhava como um funcionário público, ele só mudou para o Reino Unido aos cinco anos.
Isso aconteceu porque seu pai estava doente e, foi assim que ele acabou sendo criado pela sua mãe e seus avôs.
Sua juventude aconteceu na sombra da Segunda Guerra Mundial. Depois do final da guerra, ele acabou seguindo uma carreira um pouco diferente do normal quando decidiu estudar na Hammersmith School of Art em Londres. Durante os anos cinquenta, Alan Fletcher passou por 4 escolas de design diferentes e todas elas serviram de influência para o trabalho que ele faria no futuro. Primeiro na Hammersmith School of Art, depois na Central School. Depois, uma pausa onde ele foi ensinar inglês em Barcelona, com um retorno britânico a Royal College of Art. Foi lá que ele passou três anos estudando e acabou fazendo um programa de intercâmbio que o levou a Yale University.
Em Yale, ele aprendeu sobre design com Paul Rand e Josef Albers, pessoas que acabaram influenciando seu estilo de design e sua sensibilidade estética.
Enquanto estava nos Estados Unidos, Alan Fletcher visitou estúdios de design gráfico em Nova Iorque e ate chegou a conhecer Saul Bass em Los Angeles.
Quando ele voltou para a Europa, em 1962, ele fundou o estúdio Fletcher/Forbes/Gill com Bob Gill e Colin Forbes. Em 1965, Bob Gill deixou o estúdio e Theo Crosby o substituiu, criando assim Crosby/Fletcher/Forbes. Mas esse estúdio também não durou muito tempo.
Com a chegada de mais dois sócios, o estúdio mudou de nome. Em 1972, Alan Fletcher, junto com Colin Forbes, Theo Crosby, Kenneth Grange e Mervyn Kurlansky, fundou a Pentagram.
Alan Fletcher ficou na Pentagram até 1992 quando ele resolveu ir trabalhar em casa. Da sua residência em Notting Hill, ele trabalhou com a ajuda de Leah Klein, Sarah Copplestone e Raffaela Fletcher, sua filha.
Para ele, design não é algo que você faz, design é uma forma de viver. E, de certa forma, eu acredito nisso também.
Alan Fletcher morreu de câncer em Londres, em 2006.
Se você quer conhecer mais do trabalho de design dele, você pode dar uma olhada na sua página na Wikipedia. Além disso, o livro The Art of Looking Sideways conta muito da sua filosofia sobre design e trabalho e vale a pena fazer parte da coleção de todo designer.
Além disso tudo, você pode clicar no link abaixo que vai te levar até o site onde seu arquivo de trabalho é mantido até os dias de hoje.
Alan Fletcher, o Designer Gráfico mais Conceituado de sua Geração
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