Através das suas lentes, Thandiwe Muriu, uma fotógrafa visionária de Nairobi, no Quênia, nos convida a uma odisseia colorida e introspectiva. Com um compromisso de redefinir o retrato africano contemporâneo, o trabalho de Thandiwe Muriu mostra a sua proeza artística e cria um testemunho da autonomia das mulheres na sociedade moderna.
Desde os seus primeiros anos de vida, Thandiwe Muriu demonstrou uma paixão pela fotografia, explorando pela primeira vez esta forma de arte aos 14 anos com uma câmara Nikon que o seu pai tinha. Apesar da ausência de educação formal em fotografia no Quênia, a sua determinação acabou ajudando ela a se tornar uma autodidata de prodígio, devorando livros e tutoriais online para aperfeiçoar a sua visão.
E, aos 17 anos, ela já agitava o setor fotográfico local. Aos 23 anos, ela iniciou a sua primeira campanha publicitária solo, marcando o início de uma carreira de sucesso.
Navegar no cenário dominado pelos homens da fotografia publicitária no Quênia não é muito fácil, Thandiwe Muriu enfrentou questões relacionadas com as normas sociais e o papel das mulheres. Essas experiências alimentaram a criação da sua série Camo, uma exploração comovente da identidade cultural e da autopercepção.
Conheci o seu trabalho por esse projeto e nele, ela desafia noções tradicionais de feminilidade e empoderamento através das suas lentes, moldando tecidos e objetos do cotidiano nas suas composições para criar narrativas surreais.
Desde que surgiu na cena artística em 2020, o trabalho de Thandiwe Muriu foi aclamado internacionalmente. O seu talento chamou a atenção de instituições e organizações renomadas, gerando encomendas da Apple, das Nações Unidas e da Cruz Vermelha Suíça. A sua primeira exposição individual em Paris em 2023 marcou um marco significativo na sua carreira, seguida pelo lançamento do seu livro Camo, um testemunho da sua crescente influência no mundo da arte.
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À medida que Thandiwe Muriu continua a ultrapassar os limites da fotografia, a sua jornada leva-a além das fronteiras com compromissos e tarefas que abrangem todo o mundo. A sua próxima exposição no evento paralelo da Bienal de Veneza, Passengers In Transit, sublinha o seu estatuto de pioneira na arte africana contemporânea.
