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Dogo Dash: Uma entrevista com as criadoras do jogo

Dogo Dash é um rápido e divertido jogo de cartas voltado para todas as idades. Cheio de cores, esse jogo segue uma mecânica similar ao Pedra, Papel e Tesoura, mas com algumas diferenças estratégicas na forma de cartas especiais e outras reviravoltas. As sessenta cartas do jogo vem com 57 ilustrações diferentes e exclusivas que conquistara a fotos, de crianças a pessoas bêbadas.

Conheci o jogo em meados de 2019 quando a Talita levou um dos protótipos para a casa de uma amiga em comum. Lá, joguei o Dogo Dash pela primeira vez e foi assim que começou meu interesse no jogo. Acabei jogando mais algumas vezes, em outras etapas de teste do jogo e, quando soube que a Talita ia colocar o Dogo Dash no Kickstarter, eu sabia que precisava mostra-lo para o mundo, sua criação e apresentar um pouco do processo por trás do jogo.

Abaixo, dá para ler a curta entrevista que fiz por e-mail com a Talita e a Margherita sobre o Dogo Dash.

Primeiro, de onde veio a ideia que gerou o Dogo Dash? Criar jogos é um passatempo que você já tinha ou esse foi um projeto espontâneo?

Talita: Eu tinha acabado de mudar para Berlim e fui na Berlin Mini Game Jam. É uma game jam bem maluca, com temas sem sentido, mais para encontrar pessoas e meio que criar sem compromisso. Eu tive a ideia do Dogo porque pensei em um jogo que eu gostaria de jogar. Um jogo rápido, fácil, que dá para jogar com qualquer pessoa e que seja simples de explicar.

O nome do jogo era outro, mas a mecânica e um dos combos já estavam presentes desde o primeiro dia. O jogo em si não foi algo planejado, ele foi acontecendo e a Johanna, organizadora da game jam, foi a responsável por me pilhar a continuar fazendo o jogo. Ela também me ajudou muito na “profissionalização” do projeto.

Dogo Dash é um rápido e divertido jogo de cartas voltado para todas as idades. Cheio de cores, esse jogo segue uma mecânica similar ao Pedra, Papel e Tesoura, mas com algumas diferenças estratégicas na forma de cartas especiais e outras reviravoltas. As sessenta cartas do jogo vem com 57 ilustrações diferentes e exclusivas que conquistara a fotos, de crianças a pessoas bêbadas.

Considerando que o Dogo Dash é seu primeiro jogo, o que você achou mais desafiador durante o processo de criação dele?

Talita: Por ser a primeira vez que trabalhei em um jogo, todo o processo era novo e meio assustador! Eu e Johanna vimos a necessidade de trazer uma ilustradora pro projeto depois de alguns meses testando e vendo que o jogo tinha apelo e que as pessoas estavam curtindo. Eu não tinha ideia de como ia funcionar eu convencer alguém a fazer desenhos pro meu jogo em troca de uns trocados.

Acabei conhecendo a Margherita pelo Reddit e foi muito louco o quão rápido a gente se conectou. Falei com outros artistas, alguns até amigos meus, mas tinha algo na arte da Margherita que tinha muito a ver com o que eu queria pro meu jogo. Ela entrou de cabeça no projeto e foi muito bom ter ela junto comigo. É um alívio trabalhar com alguém que entende suas decisões e tem coragem de tentar coisas diferentes. Além disso, no meu caso teve toda a parte de game design, documentação, testes, até encontrar fornecedores e burocracias. Tudo no projeto foi desafiador!

Margherita: Desenvolvemos o jogo ao longo de muitos meses e tive que fazer muitas ilustrações (o jogo tem 57 ilustrações diferentes), então meu principal problema foi encontrar o equilíbrio certo entre um estilo coeso e um deck original variado. Eu queria mantê-lo divertido e único, mas também consistente em qualidade. Felizmente Dogo Dash é um jogo que tem a ver com ser diferente, colorido e extra, o que combina com a minha personalidade de desenho: acabou sendo super divertido e libertador.

Do primeiro protótipo ao que podemos ver no Kickstarter hoje, como que o jogo mudou e como você se sentiu observando sua evolução?

Talita: Mecanicamente falando, mudou pouco. O que mudou mais foram as quantidades de cartas e ilustrações. Testamos bastante até achar um número ideal de cartas, um jeito certo de explicar o jogo, um jeito legal de terminar o jogo. Também testamos muito o visual do jogo. Mudamos o nome do personagem humano para algo simples e sem gênero definido. Deixamos as cartas mais com a nossa cara, mas isso a Margherita consegue explicar melhor.

Margherita: Acho que começamos com uma ideia mais genérica sobre a estética de tudo isso. Nos primeiros dias tínhamos planejado uma paleta de cores muito limitada, um estilo mais minimalista e apenas 7 ou 8 designs exclusivos no deck. Mas não era Dogo, de jeito nenhum. Não queríamos que Dogo Dash fosse um jogo de cartas para jogadores elegantes e minimalistas, queríamos que fosse ousado, colorido e barulhento como são as nossas pessoas e animais de estimação favoritos.

As cartas acabaram tendo elementos de UX mínimos (apenas o nome, claramente definido, na minha caligrafia e cores diferentes para cada personagem) e ilustrações coloridas e exageradas muito bagunçadas. Eles cresceram de 8 para 57 designs exclusivos, mas mantivemos todas as informações não essenciais fora dos designs finais: cada carta contém desenho e nome, apenas.

Dogo Dash é um rápido e divertido jogo de cartas voltado para todas as idades. Cheio de cores, esse jogo segue uma mecânica similar ao Pedra, Papel e Tesoura, mas com algumas diferenças estratégicas na forma de cartas especiais e outras reviravoltas. As sessenta cartas do jogo vem com 57 ilustrações diferentes e exclusivas que conquistara a fotos, de crianças a pessoas bêbadas.

No Kickstarter você fala que o Dogo Dash foi indicado como “Most Inclusive Game of the Year” no the*gameHERs. O jogo segue uma característica bem inclusiva e uma estética bem interessante, como foi para você definir essa direção do jogo e as ilustrações que acompanham o conceito do mesmo?

Talita: Eu avisei a Margherita quando nos conhecemos que eu queria que o jogo fosse bem queer, alegre e diverso. Eu queria ver meus amigos e pessoas que eu amo nele. Ela super topou e posso dizer que ela fez um ótimo trabalho!

Margherita: A inclusão foi um dos objetivos principais desde o primeiro dia. Queríamos variedade, queríamos diversão e algum grau de estranheza aleatória. Também queríamos que todos pudessem se ver em um bicho, se assim desejassem, e tentamos estar atentas a isso!

Minha principal inspiração para as ilustrações das cartas sempre foram as pessoas, e as pessoas são, na verdade, muito mais variadas e aleatórias do que imaginamos, mas estar atento à diversidade é uma coisa diferente que não é tão óbvia. É claro que Dogo Dash é apenas um jogo com ursos artísticos, cachorros descolados e gatos esotéricos, que não foi feito para mudar o mundo, mas o que vemos nos jogos é importante, e tentamos nosso melhor para trabalhar nisso. Definitivamente, há espaço para melhorias, mas aprendemos muito durante esta aventura!

Você é brasileira, mora na Alemanha e está usando uma plataforma global para lançar seu jogo. Com esse ponto de vista quase único, como que você enxerga o mercado de jogos?

Talita: Cara, no Brasil eu nunca pensei que eu poderia na vida fazer um jogo. Eu não tinha as ferramentas, nem o conhecimento e nem a autoestima necessários. O mercado ainda é sexista e elitista, o que limita grande parte da população a fazer parte disso. O Dogo Dash me aproximou de outros autores e autoras brasileiros que também vivem muitos perrengues para fazer os jogos deles acontecerem. Fazer jogos é mais um lance de paixão que qualquer outra coisa.

Depois do Dogo Dash, quais são seus planos? Mais jogos de cartas, algo digital ou nada disso?

Talita: Eu já estou fazendo outro jogo, Jesus the Woman, que vou dar continuidade, ano que vem. Ainda não sei se será um board game ou RPG, ou até mesmo um jogo digital. Estou vendo as possibilidades, novamente vou sair da zona de conforto!

Sendo eu a única mulher com protótipo na SPIEL (maior feira de board games do mundo), a única mulher indicada na categoria boardgames no SBGames, eu vi a necessidade de inspirar mais mulheres a tentar fazer as ideias delas acontecerem.

Eu tenho certeza que a diversidade só vai ajudar a melhorar a qualidade dos jogos. Eu mesma jogo muito mais jogos independentes que jogos mainstream, porque esses jogos têm uma variedade que não é atrativo para o mercado, mas é atrativa para as pessoas! Quando lucro não é a métrica principal para motivar uma pessoa a fazer algo, tudo fica mais tranquilo e leve. Jogar jogos feitos com amor faz toda a diferença para mim! E é assim que pretendo continuar trabalhando: sem pressão, com amor e diversidade!

Dogo Dash é um rápido e divertido jogo de cartas voltado para todas as idades. Cheio de cores, esse jogo segue uma mecânica similar ao Pedra, Papel e Tesoura, mas com algumas diferenças estratégicas na forma de cartas especiais e outras reviravoltas. As sessenta cartas do jogo vem com 57 ilustrações diferentes e exclusivas que conquistara a fotos, de crianças a pessoas bêbadas.

Dogo Dash é um rápido e divertido jogo de cartas voltado para todas as idades. Cheio de cores, esse jogo segue uma mecânica similar ao Pedra, Papel e Tesoura, mas com algumas diferenças estratégicas na forma de cartas especiais e outras reviravoltas. As sessenta cartas do jogo vem com 57 ilustrações diferentes e exclusivas que conquistara a fotos, de crianças a pessoas bêbadas.

Se você gostou do jogo, e eu sei que você gostou, você precisa dar uma olhada no projeto no Kickstarter e apoiar o jogo como eu fiz. Você também pode ser ainda mais fã e acompanhar o que anda sendo publicado nas redes sociais como Twitter e Instagram. Além disso, não se esqueça de dar uma passada no portfólio de ilustração da Margherita que tem muita coisa boa por lá.

Saiba mais sobre o Dogo Dash no Kickstarter

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2 thoughts on “Dogo Dash: Uma entrevista com as criadoras do jogo”

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