Dois anos e meio após o início da Lei Cidade Limpa, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, decidiu liberar propaganda em abrigos para pontos de ônibus.
Resolveu também triplicar o número de relógios de rua, onde atualmente já é permitido haver publicidade.
A licitação para a exploração publicitária nos relógios será aberta neste sábado (08) com uma consulta pública. A dos abrigos, até o mês que vem.
No total serão até 1 mil relógios e 8,8 mil abrigos de ônibus.
Quando houve a restrição à publicidade, São Paulo tinha cerca de 8 mil outdoors cadastrados e outros 7 mil irregulares, segundo estimativas da prefeitura, além da propaganda em 320 relógios de rua e 1,35 mil abrigos em pontos de ônibus.
As empresas que vencerem as concorrências poderão explorar a publicidade em regime de concessão (por 16 anos no caso dos relógios e, provavelmente, 20 anos no dos abrigos).
Com as licitações, a prefeitura espera arrecadar ao menos R$ 2,4 bilhões durante a vigência dos contratos, sendo que a maior parte desse valor será paga em equipamentos (novos abrigos de ônibus e relógios).
Em dinheiro mesmo, a administração deve obter cerca de R$ 122 milhões.
A receita da prefeitura com impostos dos outdoors era de cerca de R$ 3 milhões por ano.
A Lei Cidade Limpa já previa que a única exceção à propaganda nas ruas seria no chamado mobiliário urbano. Mas até então Kassab admitia apenas manter a propaganda nos relógios.
Quanto aos abrigos de ônibus, ele dizia não estar convencido, pois poderia haver a volta da poluição visual.
A prefeitura diz que técnicos da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), que vai gerenciar o projeto, fizeram simulações em computador sobre como ficarão os locais de maior incidência de propaganda. E concluiu-se que o impacto visual não será grande.
Texto roubado do CCSP – Cidade Limpa.